Papo entre irmãs


Sábado, 17 de agosto de 2013

8h30
Carol e eu acordamos com o som do despertador que eu havia programado. Eu tinha combinado de sair com Isabella, minha irmã, e Carol também iria conosco. Nós íamos à Rua Teresa, no centro, para comprar algumas lingeries especiais para a minha primeira vez e também para renovar meu estoque de calcinhas. Agora, eu estava decidida a usar calcinhas fio dental, seguindo o estilo da Carol.

Eu tinha marcado esse passeio no dia anterior, logo após voltar do Ballet. Pouco antes das 20h, entrei no quarto da Isabella enquanto ela se arrumava para sair com o namorado. Eu estava super ansiosa e disse que precisávamos conversar. Confessei que tinha decidido ter minha primeira vez e que queria comprar uma lingerie incrível e sexy para a ocasião. E eu precisava que ela fosse comigo. Ela ficou muito surpresa, mas logo se sentou na cama para conversarmos, o que achei muito legal da parte dela.

Engraçado, nós sempre tivemos uma relação muito legal, éramos realmente muito próximas e confidentes. Fofocávamos sobre os garotos da escola, sobre quem ficava com quem. Mas eu me dei conta de que nunca havíamos conversado sobre sexo. Então, ela disse algo assim: “Mamãe já deve ter conversado sobre isso com você, mas como irmã mais velha, eu também me sinto nesse direito…”.

Minha mãe sempre foi muito aberta e conversou conosco sobre tudo. Tudo mesmo. Pelo que me lembro, essa conversa ocorreu logo depois da minha primeira menstruação, aos 11 anos. Acho que foi numa época bem apropriada. Ela me explicou sobre anatomia básica, natalidade, sexo seguro e doenças sexualmente transmissíveis.

Ela nunca nos proibiu de nos relacionarmos com os meninos, mas sempre foi muito clara, dizendo que nós, suas filhas, deveríamos nos valorizar e não “sair dando” para o primeiro que aparecesse. Mas aguardar para ter a primeira relação sexual quando estivéssemos realmente preparadas, porque era um momento muito especial. Nunca teve a tal regra de “sexo após o casamento”, até porque mamãe era uma feminista.

Mas, voltando ao papo com minha irmã, eu não tinha contado a ela que estava namorando, mas de alguma forma, ela já sabia. Talvez minha tia tenha deixado escapar, porque ela estava lá quando apresentei o Rodrigo ao Diego e falei que éramos namorados. Minha irmã estava super curiosa, querendo saber se era com esse cara que eu ia dar o grande passo. “Vocês estão juntos há tão pouco tempo!” Ela perguntou se era ele que estava me pressionando, mas eu fui clara: não, era eu mesma que estava louca de vontade.

Eu quase contei que, na verdade, eu planejava perder a virgindade com o nosso primo. Ela sabia da minha paixão por ele. Mas eu não tinha certeza de como ela reagiria, então preferi deixá-la acreditando que seria com o tal namorado.

No final da conversa, ela me pediu para refletir se eu realmente me considerava preparada, para evitar qualquer arrependimento posterior. E claro, enfatizou a importância de praticar sexo seguro.

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